20.3.08
CLASSIFICAÇÃO ...DOS ALUNOS
Numa altura em que está na ordem do dia a classificação dos professores , será oportuno falar de uma outra classificação não menos importante, a dos alunos. Saíram as notas do segundo período e é pertinente fazer uma pequena análise aos resultados, embora, porque não temos uma estatística completa , uma análise que poderá ser falível.Todos sabemos que a ESJAC , de há muitos anos a esta parte, tem a fama de ser uma escola razoável em termos de ensino, exigência e que se pauta pela pouca benevolência na atribuição de notas aos seus alunos(comparativamente a aoutras escolas).A grande questão é saber se o nivel de ensino é muito elevado, se os alunos não são grande coisa ou se efectivemente os professores (alguns, obviamente) sentem uma responsabilidade muito grande em, na altura de dar os testes estes, procurarem na matéria dada aquela que seja mais complicada de desenvolver, ambigua de interpretar ou , incidirem esses testes na matéria em que os alunos mais dificuldade tiveram.Todos somos a favor de um ensino responsável, que ensine efectivamente, que os alunos saibam e que se preparem bons profissionais.Ninguém tem dúvidas acerca disto.O que nos preocupa , é que na dúvida, a avaliação num aluno médio, é sempre em prejuizo deste, não vá o diabo tece-las e no próximo teste ele baixar a nota e aí, seria uma trabalheira justificar tal queda.O mal, vem quando a média está directamente relacionada com o futuro curso desses alunos e, como dizem as estatisticas, por umas décimas, em vez de termos um médico que já o queria ser desde pequenino, vamos ter um engenheiro duma engenharia daquelas esquisitas que ninguém sabe o que é, com um mercado de trabalho que só existe noutra galáxia. È aqui que achamos que o papel dos professores é importante, aliás, muito importante.Sensibilidade , coerencia e o sentimento de que as notas servem apenas os alunos e não os professores, precisa-se.
Claro que esta é a nossa opinião e jamais a queriamos generalizar, pois, conhecemos e ainda bem, também muitos professores, que o são na verdadeira acepção da palavra, porque ensinam bem, saõ responsáveis , gostam do que fazem e, sobretudo, lembram-se que já foram alunos.
Pascoa feliz para todos.
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8 comentários:
http://www.youtube.com/v/OlAOc_A4Yac&hl=en
No meu tempo, a professora já tinha pregado dua bofetadas nas fuças dequela a lunae o problema ficava resolvido na hora.
o problema é que a aluna em causa, o castigo que vai ter, se tiver, é um curso profissional, com notas boas, e, os alunos que se aplicam e porque andam direitinhos, ou estudam mesmo muito, para tirarem um 10 porque alguns professores não podem dar 11 que lhes tira o sono e vão tirar depois o tal curso de observadores dos movimentos das asas do colibri, a ganhar um bom ordenado, que bem gerido, deve dar para pedir pouco aos pais.
São estas coisas que a mim me metem confusão.A mim e a muitos pais, a muitos professores que sabem estar e a alguns ministros, salvo uma excepção, que todos sabem qual é.Viva a anarquia...
http://videos.sapo.pt/va7Bw3jUosBvQQGTBYWD
o outro, do youtube...já era..
http://www.youtube.com/watch?v=FYwpxU_G4Z0
lá fora é assim...vale a pena ver.
o comentário anterior foi removido, mas foi colado no tema " alguns dos nossos clubes"
A balbúrdia na escola
Por António Barreto
AS CENAS DE PANCADARIA NA ESCOLA têm comovido a opinião. A última em data, com especial relevo, ocorreu numa escola do Porto e foi devidamente filmada por um colega. Em poucas horas, o “clip” correu mundo através do YouTube. A partir daí, choveram as análises e os comentários. Toda a gente procura responsáveis, culpados e causas. Os arguidos são tantos quanto se possa imaginar: os jovens, os professores, os pais, o ministério e os políticos. E a sociedade em geral, evidentemente. As causas são também as mais diversas: a democracia, os costumes contemporâneos, a cultura jovem, o dinheiro, a televisão, a publicidade, a Internet, a permissividade, a falta de valores, os “bairros”, o “rap”, os imigrantes, a droga e o sexo. Para a oposição, a culpa é do governo. Para o governo, a culpa é do governo anterior. O trivial.
Deve haver um pouco disso tudo. O que torna as coisas mais complicadas. Sobretudo quando se pretende tomar medidas ou conter a vaga crescente de violência e balbúrdia. Se as causas são múltiplas, por onde começar? Mais repressão? Mais diálogo? Mais disciplina? Mais co-gestão? Há aqui matéria para a criação de várias comissões, a elaboração de um livro branco, a aprovação de novas leis e a realização de inúmeros estudos. Até às eleições, haverá alguns debates parlamentares sobre o tema. Não tenho a certeza, nem sequer a esperança, que o problema se resolva a breve prazo.
DE QUALQUER MANEIRA, a ocasião era calhada para voltar a ver a obra-prima do esforço legislativo nacional, o famoso “Estatuto do aluno”. A sua última versão entrou em vigor em finais de Janeiro, sendo uma correcção de outro diploma, da mesma natureza, de 2002. Trata-se de uma espécie de carta constitucional de direitos e deveres, a que não falta um regulamento disciplinar. Não se pode dizer que fecha a abóbada do edifício legal educativo, porque simplesmente tal edifício não existe. É mais um produto da enxurrada permanente de leis, normas e regras que se abate sobre as escolas e a sociedade. É um dos mais monstruosos documentos jamais produzidos pela Administração Pública portuguesa. Mal escrito, por vezes incompreensível, repete-se na afirmação de virtudes. Faz afirmações absolutamente disparatadas, como, por exemplo, quando considera que “a assiduidade (...) implica uma atitude de empenho intelectual e comportamental adequada...”! Cria deveres inéditos aos alunos, tais como o de se “empenhar na sua formação integral”; o de “guardar lealdade para com todos os membros da comunidade educativa”; ou o de “contribuir para a harmonia da convivência escolar”. E também os obriga a conhecer e cumprir este “estatuto do aluno”, naquele que deve ser o pior castigo de todos! Quanto aos direitos dos alunos, são os mais abrangentes e absurdos que se possa imaginar, incluindo os de participar na elaboração de regulamentos e na gestão e administração da escola, assim como de serem informados sobre os critérios da avaliação, os objectivos dos programas, dos cursos e das disciplinas, o modo de organização do plano de estudos, a matrícula, o abono de família e tudo o que seja possível inventar, incluindo as normas de segurança dos equipamentos e os planos de emergência!
TRATA-SE DE UM ESTATUTO burocrático, processual e confuso. O regime de faltas, que decreta, é infernal. Ninguém, normalmente constituído, o pode perceber ou aplicar. Os alunos que ultrapassem o número de faltas permitido podem recuperar tudo com uma prova. As faltas justificadas podem passar a injustificadas e vice-versa. As decisões sobre as faltas dos alunos e o seu comportamento sobem e descem do professor ao director de turma, deste ao conselho de turma, destes à direcção da escola e eventualmente ao conselho pedagógico. As decisões disciplinares são longas, morosas e processualmente complicadas, podendo sempre ser alteradas pelos sistemas de recurso ou de vaivém entre instâncias escolares. Concebem-se duas espécies de medidas disciplinares, as “correctivas” e as “sancionatórias”. Por vezes, as diferenças são imperceptíveis. Mas a sua aplicação, em respeito pelas normas processuais, torna inútil qualquer esforço. As medidas disciplinares são quase todas precedidas ou acompanhadas de processos complicados, verdadeiros dissuasores de todo o esforço disciplinar. As medidas disciplinares dependem de várias instâncias, do professor aos órgãos da turma, destes aos vários órgãos da escola e desta às direcções regionais. Os procedimentos disciplinares são relativos ao que tradicionalmente se designa por mau comportamento, perturbação de aula, agressão, roubo ou destruição de material, isto é, o dia-a-dia na escola. Mas a sua sanção é de tal modo complexa que deixará simplesmente de haver disciplina ou sanção.
O ESTATUTO cria um regime disciplinar em tudo semelhante ao que vigora, por exemplo, para a Administração Pública ou para as relações entre Administração e cidadãos. Pior ainda, é criado um regime disciplinar e sancionatório decalcado sobre os sistemas e os processos judiciais. Os autores deste estatuto revelam uma total e absoluta ignorância do que se passa nas escolas, do que são as escolas. Oscilando entre a burocracia, a teoria integradora das ciências de educação, a ideia de que existe uma democracia na sala de aula e a convicção de que a disciplina é um mal, os legisladores do ministério da educação (deste ministério e dos anteriores) produziram uma monstruosidade: senil na concepção burocrática, administrativa e judicial; adolescente na ideologia; infantil na ambição. O estatuto não é a causa dos males educativos, até porque nem sequer está em vigor na maior parte das escolas. Também não é por causa do estatuto que há, ou não há, pancadaria nas escolas. O estatuto é a consequência de uma longa caminhada e será, de futuro, o responsável imediato pela impossibilidade de administrar a disciplina nas escolas. O estatuto não retira a autoridade na escola (aos professores, aos directores, aos conselhos escolares). Não! Apenas confirma o facto de já não a terem e de assim perderem as veleidades de voltar a ter. O processo educativo, essencialmente humano e pessoal, é transformado num processo “científico”, “técnico”, desumanizado, burocrático e administrativo que dissolve a autoridade e esbate as responsabilidades. Se for lido com atenção, este estatuto revela que a sua principal inspiração é a desconfiança dos professores. Quem fez este estatuto tinha uma única ideia na cabeça: é preciso defender os alunos dos professores que os podem agredir e oprimir. Mesmo que nada resolva, a sua revogação é um gesto de saúde mental pública.
«Retrato da Semana» - «Público» de 30 Mar 08
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