24.9.07
Caos
As obras para instalação do gás na nossa cidade têm suscitado comentários de muitos reguenses porque,de manhã e à tarde,naquilo que podemos chamar 'hora de ponta',transformam a nossa cidade num inferno.
É certo que elas são necessárias,mas para limitar as dores de cabeça de quem quer ir trabalhar ou levar os filhos à escola,poderiam começar mais tarde,por volta das 9.30h.Tornar-se-ia muito mais fácil e pensamos que seria mais razoável.
Há outras cidades em que este tipo de obras é feita também à noite,em horário que não perturbe o descanso das pessoas.Fica o reparo,tendo em conta as inúmeras 'queixas' que temos ouvido.
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34 comentários:
E o mais caricato é que estiveram parados na última quinzena de Agosto à... espera que as aulas começassem.
Suponho que a Câmara deveria ter "controlado" o empreiteiro, tendo em consideração o inicio do ano lectivo.
Enfim... tantos engenheiros e não há coordenação de trabalhos.
Um excelente reparo, administração.È efectivamente um atentado á paciência, de manhã e ao final da tarde.Todos á beira de um ataque de nervos.Era interessante essa solução, ou então começarem muito mais cedo e pararem das 8,30 ás 9,30 da manhã, retirando para onde não estorve, as máquinas e materiais.
Se nada fizerem, imaginem quando chover...
Há que tempos me queixooo. :-)
Marâo OnLine
terça-feira,
25 de setembro de 2007
URGÊNCIA/RÉGUA: Manifestação domingo contra encerramento da urgência do Hospital D. Luiz I
A Câmara da Régua apelou hoje à mobilização da população para uma manifestação no domingo contra o encerramento do serviço de urgência do Hospital D.Luíz I previsto pelo Ministério da Saúde. O presidente da Câmara da Régua, Nuno Gonçalves (PSD), disse à Lusa que cabe agora à população protestar contra a decisão do ministro da Saúde, a qual, segundo afirma, "vai reforçar ainda mais as desigualdades de que padecem as populações locais".
Recordou que o executivo camarário da Régua e a população reivindicavam um Serviço de Urgência Básica para o hospital local e que sempre se apôs às propostas apresentadas pelo Ministério da Saúde com vista ao encerramento da urgência naquela unidade hospitalar.
No dia 14, o ministro da Saúde ordenou o fecho definitivo do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) do hospital da Régua, dando cobertura a um relatório da inspecção do seu ministério que justificou a decisão por o serviço "não ter condições mínimas" para funcionar.
Um relatório da Inspecção-Geral das Actividades de Saúde propôs o encerramento da urgência do hospital de Peso da Régua na sequência de averiguações feitas à assistência prestada a um doente que veio a falecer em 24 de Julho.
A acção da IGAS comprovou que no Hospital D. Luís I não existe um serviço de urgência hospitalar, mas um serviço de atendimento permanente, cujo encerramento recomenda.
A mesma recomendação foi apresentada pela Comissão Técnica de Apoio ao Processo de Requalificação das Urgências.
No comunicado, a autarquia acusa o ministro Correia de Campos de ter adoptado uma "postura intransigente e totalmente avessa ao diálogo" neste processo e diz que a proposta que se pretende implementar "é uma solução que é claramente inferior e altamente penalizadora para os utentes deste serviço".
O ministro propôs a criação de uma consulta aberta, em horário das 08:00 às 22:00, naquela Unidade Hospitalar para resposta aos casos agudos não programáveis e a instalação de um veículo SIV do INEM, com equipamento para suporte avançado de vida.
A tutela propôs ainda consultas externas hospitalares para cinco especialidades, nomeadamente medicina interna, cirurgia geral, ortopedia, pediatria e ginecologia/obstetrícia e um aumento do internamento, com serviço de cuidados continuados integrados/serviço de AVC Via Verde.
A manifestação de domingo está marcada para as 18:00 com concentração junto ao parque de estacionamento da Avenida de Ovar e desfile até ao Hospital D.Luiz I.
Uma vergonha...a actuação do nosso presidente de camara! Vamos ao folclore...é disto que o povo gosta.
Perdemos tudo pela uncomptencia do nosso presidente. Agora, força, vão buscar os do costume e manisfestem-se...por algo que não volta. Triste!
NG convocou, ontem (25) para uma reunião urgente todas as associações e colectividaes do concelho. Assunto: manifestação de domingo. Orientação: todos trajados e fardados (ranchos, escuteiros, bombeiros, etc...)
Conclusão: autêntico corso de carnaval.
Permita-me, caro douro, que o cite " Vamos ao folclore...é disto que o povo gosta."
PS. De que irão trajados os trampolineiros que nos meteram neste beco sem saída?
Desculpe lá, caro administrador, mas não resisto a responder ao aarg!
Vão trajados de presidente de camara, asseçores, secretários, incompetentes e tudo o mais que representa a CM neste triste episódio.
Podem ter a certeza NG entrou directo para a história da nossa cidade. Foi o arquitecto da maior farsa politica da nossa cidade. Fez que fez e com isso tudo nos tirou! Envergonha-nos!
Em circunstancias normais, os comentários feitos pelo "AARG" e pelo "douro" seriam cortados de imediato, porque, no nosso entendimento, são ofensivos.Há, entretanto, uma manifesta revolta, pelo que se perde e, entendemos que será apenas isso que os dois quererão manifestar.Assim, excepcionalmente, optamos por não cortar os referidos comentários, pois parece-nos que o que se pretendia não seria ofender ninguém, mas, na essencia, mostrar o profundo desagrado pelo que parece que vai acontecer á urgência do ainda NOSSO hospital.
a administração;
Caro administrador, o meu comentário e acho que também o do douro, são o fruto da indignação a que todo este processo nos levou.
Ninguém é masoquista para querer o encerramento e bater palmas de contente. Ninguém é sádico para crucificar NG. Mas uma coisa é certa, todo este processo foi conduzido com um único objectivo, o de jogar alto para tirar dividendos. Com um pouco mais de humildade talvez se obtivessem outros resultados. Com a dita manifestação , como é mais que evidente, não se obterá qualquer resultado para a população, mas pura e simplesmente será para encapotar todo o descalabro negocial de NG que ficará assim "legitimado"
PS. Desculpe caro douro ter "falado" por si, mas neste assunto acho que estamos em sintonia.
Caro admistrador, acredite, não quis, em circustancia alguma, ofender quer quer que seja. Quis, isso não duvide, manifestar a minha revolta perante tanta incompetencia. Isso não é um insulto é o direito á indignação.
Se alguém pensou que o que escrevi, com o coração, foi insultuoso peço desculpa.
Mas, acreditem, não foi o caso. Nem nunca o será! Darei sempre a minha opinião sem ter que insultar alguém!
PS. aarg, não tem que pedir desculpa, tenho é que lhe agradecer compreender a minha revolta!
Caro Douro
I)
A estratégia que vem sendo seguida nesta problemática que envolve o Nosso Hospital foi apoiada pela Câmara Municipal, pela Assembleia Municipal, pelos Presidentes de Junta, pela Liga dos Amigos do Hospital, pela Comissão de Utentes, pelas Câmaras de Mesão Frio e de Santa Marta de Penaguião, etc., etc., etc.
E mais, a única posição de contestação ao caminho que estava a ser seguido veio da Comissão Política local do PS. Este facto também é importante, uma vez que daqui ainda não saiu nada aproveitável.
Ora, a questão que Lhe coloco é a seguinte: será possível que todas aquelas “entidades” estivessem erradas?
No que me diz respeito directamente, a Assembleia Municipal e a Comissão de Utentes, a unanimidade foi total. Eu e os Srs. Álvaro Lima e António Serafim estamos em absoluta sintonia. Não acha que esta aproximação é significativa?
Mais, na Comissão de Utentes estão pessoas, como por exemplo os Srs. Dr. José Mesquita Montes e Padre Luís, que não andam à procura de nada, não são voz do dono de ninguém e possuem uma maturidade e experiência de vida que não podem ser desconsideradas. Será possível que também Eles estejam enganados, manipulados ou iludidos?
II)
A manifestação que se vai realizar no próximo Domingo vai juntar muita gente, diversas instituições e várias organizações do sector autónomo.
Não Lhe parece excessivo tratar todas estas pessoas como se fossem tontas?
Não Lhe parece injusto que toda esta gente seja tratada como fantoches e macaquinhos de circo?
III)
Peço-lhe que não entenda estas interpelações como provocatórias. Dirijo-lhe este comentário porque é um adversário que me merece respeito e porque gostava de o ler sobre isto que lhe acabei de escrever.
IV)
Eu defendi na Assembleia Municipal que devíamos ser firmes nesta questão. Firmes com muita serenidade enquanto acreditei na boa fé do Governo. Firmes com menos serenidade quando percebi que o Governo estava com má fé.
V)
Eu fui ao Nosso Hospital, durante a noite, em busca de ajuda, muitas vezes. Algumas vezes com o meu Pai, uma vez com a minha Mãe e muitas vezes com a minha Filha.
Vim sempre mais confortado e tranquilo.
Para mim, estar na manifestação é um acto de gratidão, de inteligência e de consideração pelos eleitores que votaram em mim.
Com os melhores cumprimentos,
Artur Andrade
Suponho que quem quiser pode comentar assuntos referentes ao hospital no post anterior.Presumo que as obras em decurso na Régua e que se prolongarão por ainda muito tempo não incomodam assim tanto.A mim,muito.
Mas já agora,em resposta ao Dr.Andrade e ao ponto V do seu comentário,devo dizer que,desde que os clínicos gerais da nossa cidade deixaram de exercer na urgência ,de cada vez que lá tive que ir,nomeadamente com o meu filho,saí quase sempre de lá mais intranquilo.Nestes moldes,quase sempre os serviços prestados foram de má qualidade.Mas a população que tanto se indigna com o encerramento sempre achou que o facto de não esperarem muito para serem atendidos e serem os senhores doutores muito afáveis,encaminhando-os com presteza para Vila Real numa ambulância a apitar ao mínimo (mínimo mesmo) sinal de alarme são um bom serviço.
Isso diz tudo quanto ao nível de exigência que têm.Isso não os vai coibir de estarem na manif aos berros sem saberem o que reivindicam:apenas querem a porta da urgência aberta,mesmo que ponham lá um carpinteiro que lhes passe a guia de marcha para o entupido hospital de Vila Real.
Dou um exemplo singelo:numa das minhas deslocações com o meu filho ao hospital da Régua,foi-lhe diagnosticada uma otite meramente com o olhar douto do rapaz que o atendeu.Nem otoscópio,nem auscultação,nem exame da garganta.Nada.
Só depois de insistir e levantar a voz lhe fizeram essa avaliação,para a qual não são necessários aparelhos estranhos caros.Apenas o brio profissional de quem lá trabalha.Novo diagnóstico?Amigdalite e nova medicação.Assim não...
Não quero saber o que os "políticos" locais fizeram para perder a urgência ou o que tentam agora fazer para a manter.Sei,por experiência própria,que o que lá está e nada são pura e simplesmente a mesma coisa.
Drº Soveral Andrade, tenho todo o respeito por si, mas, permita-me, neste caso não duvide está equivocado.
Não vou comentar ponto por ponto da sua opinião. Não o tenho de fazer, é sua, respeito-a.
Agora, não me peça que concorde.
Só duas ou três notas. O Eng. Mesquita Montes, o Padre Luis, o Drº Andrade o Sr. Serafim e o Sr. Alvaro Lima por estarem de acordo não quer dizer que tenham razão. Mais lhe digo, de todos estes reguenses só talvez um saiba, verdadeiramente, a vergonha do serviço prestado no Hospital da Régua. Refiro-me ao Sr. Alvaro Lima. Sabe porquê? Porque na sua profissão contacta com esses prestadores de serviço. E, já agora, conheçe, tão bem ou melhor que eu, a desgraça que por lá prolifera.
Quanto a ter saido tranquilo, cada vez que lá se deslocou, só o posso compreender em duas situações:
1. Só lá foi quando os "nossos" médicos de familia ai prestavam serviço. E, ai concordo consigo.
2. Se foi depois, isto é, com estes tarafeiros, desculpe a franqueza, se saiu tranquilo é porque os seus conhecimentos sobre como tratar determinadas patologias são escassos
Desculpe a frontalidade, com todo o respeito, de leis nada percebo.
Não sou médico...mas tenho alguma formação na area para lhe poder afirmar que a incompetência é gritante no actual serviço de urgência do nosso Hospital.
Ir á manifestação como acto de agradecimento e respeito em quem em si votou não é sinónimo de ter razão. É um acto puramente politico.
Já agora, eu votei em si, votei no actual executivo. Mas não sou politico e vejo as coisas pela perspectiva da competencia dos serviços prestados. E, é por isso, eu tenho mãe e filhos, que nunca sairia tranquilo se algum deles por infelicidade fosse atentido, hoje, por quem ali trabalha(médicos).
Compreendo a força da politica. A força do coração(que nos faz pensar em defender o que nos querem tirar), mas, desta vez, vou pela razão.
Assim não! Fechar defende a população de uma data de incompetentes!
Cumprimentos.
Desculpe lá, caro Drº Andrade, mas por lapso esqueci de prguntar-lhe o seguinte:
Os outros autarcas todos, e são alguns, que aceitaram, negociaram e acordaram as alterações prospostas pelo governo estão todos enganados? Não defenderam convenientemente oos seus municipes? Faltaram ao respeito, não souberam agradecer, a quem os elegeu?
Um abraço
Com o devido respeito ao Semanário e ao Cronista, acho de todo justificável divulgar, assim, esta opinião. Apesar das diferenças e discordãncias perante o que se conhece e está em causa, que o texto encerra e de que o seu autor não abdica (e muito bem). É, a meu ver, eminentemente política, naquilo que a política deve e tem que ser: proficiente.
E é, a meu ver de novo, anti-politiqueira, pondo (e procurando salvaguardar acima de tudo) os interesses de todos sobrepostos a lógicas e interesses de alguns.
Obrigado Dr. Eduardo Miranda
Respeitosamente
OUTSIDER
NOTÍCIAS DO DOURO
Edição de 28-09-2007
SECÇÃO: Opinião
Desabafos
Sobre o Hospital D. Luíz I
Esta semana que passou foi fértil em artigos de opinião publicados nos jornais locais, sobre o futuro do nosso Hospital D. Luíz I.
Ainda bem que assim foi pois, tais iniciativas, vão permitindo que se discuta o assunto, se formem opiniões e se crie uma dinâmica de defesa da manutenção de um serviço de atendimento durante as 24 horas, no nosso Hospital.
A origem deste “rebuliço” teve, como ponto de partida, o conhecimento de um documento redigido pela Inspecção-Geral das Actividades em Saúde, com base numa recente visita ao Hospital D. Luíz I e numa reunião do Sr. Presidente da Câmara da Régua com o Sr. Ministro da Saúde, em Lisboa, no pretérito dia 14.
Quanto ao documento da “Inspecção”, o dito está cheio de NADA!
As suas óbvias conclusões são do conhecimento de todos os que conhecem razoavelmente a vida do nosso Hospital nos últimos vinte ou trinta anos e de todos aqueles que, por razões de falta de saúde, ao Hospital têm de acorrer.
Saliento a referência abonatória às conclusões elaboradas por uma comissão que em 13/12/2004 foi encarregada de apresentar um estudo de viabilidade para o nosso Hospital.
Desse estudo, tirando as obras de requalificação do espaço físico – que foram feitas – em nada mais se investiu quanto ao funcionamento do Hospital. Obviamente que os culpados estão identificados: o Poder Central, com os sucessivos Governos e os seus representantes regionais (Administrações Regionais; Sub-Região; Governo Civil; Conselho de Administração do Centro Hospitalar).
Também com base nesse “serviço” da Inspecção, o Sr. Ministro da Saúde entregou, ao nosso autarca, novo Projecto de Protocolo para assinatura pelas partes. Em causa, essencialmente, o funcionamento do sempre designado SERVIÇO DE URGÊNCIA DO HOSPITAL D. LUÍZ I.
Depois de ler o primeiro e, agora, ler este, devo confessar a minha amargura!
Cresci e formei-me, enquanto cidadão, no convencimento de que os «Ministros» seriam um escol eleito entre os melhores dos melhores. A subida exigência e responsabilidade de participar na gestão de um País, na gestão da causa pública assim o obrigariam.
Sublime inocência a minha!...
Devaneio intelectual o meu!...
Não sei qual a qualificação do actual Ministro da Saúde, mas certamente que não é médico!
Pode ser doutor, mas médico não é de certeza, tamanha a sua insensibilidade!
Já vi escrito que é pessoa qualificada e que é das que mais sabe em questões de saúde. Até pode ser verdade quanto às questões de política macroeconómica para a saúde, como agora soe dizer-se. Mas, para as questões que dizem respeito aos “trocaditos”, que têm a ver com o bem-estar e qualidade de vida das populações que vivem nos sítios mais recônditos, as suas insuficiências económicas, o senhor governante é um personagem ausente.
Para mim, definiu-se, quando numa entrevista afirmou que nunca recorreria a uma consulta num “S.A.P.” se de tal tivesse necessidade!
É como se um treinador dissesse publicamente que os seus jogadores não prestam ou um general dissesse o mesmo do seu exército...
Para quem vai conhecendo o que, ao longo destes anos, os “S.A.P.”(s) foram fazendo por esse País fora, tantas vezes votado ao abandono pelos Governantes, para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos no que à saúde/doença diz respeito, uma afirmação destas foi uma heresia, uma desconsideração manifesta.
As introduções que mandou introduzir ou deixou introduzir no Protocolo inicial são de um descaramento notório e traduzem um desejo de afrontamento claro.
A ausência de bom senso que emana deste documento (o próprio português usado não é escorreito...) é de tal ordem que fico tentado em acreditar que o Ministro nem sequer participa na elaboração dos documentos!
Um qualquer assessor (que não faz a mínima ideia onde fica a Régua...) redige o documento, o Ministro fez-lhe uma leitura de esguelha e assinou por baixo sem se lembrar do que já assinou em anterior documento.
Só assim se explicam as alterações introduzidas:
-Redução dos horários de funcionamento;
-Desqualificação do Internamento;
-Ambulância de Emergência, a dividir (agora) com Lamego;
-Desaparecimento da Unidade de AVC, anteriormente prevista;
Quanto a esta última decisão, parece-me ser o único rasgo de bom senso que o Senhor Ministro introduziu, nesta matéria, ao longo de todo este tempo. Deve ter-se apercebido do ridículo que introduziu na primeira proposta e, recatadamente, escondeu-a...
A mesma sorte não teve quando, ao que consta, mandou indagar junto da Direcção do Centro de Saúde da Régua, à “queima-roupa”, antecedendo a reunião com o nosso autarca, se haveria médicos interessados em assegurar, em regime de “à chamada”, o período nocturno de atendimento no Hospital da Régua!!!...
Ao que se sabe, a negativa foi geral e não podia ser de outra forma. Ainda continuo a acreditar que, na maioria dos médicos da minha geração, o bom-senso prevalece...
Ainda sobre o Protocolo (2.ª versão) estranhei que o meu colega, Dr. Jorge Almeida, no seu recente artigo «Uma SIV pode fazer a diferença» não tenha feito qualquer alusão a esta nova versão do protocolo, ainda mais claramente redutora das funções e importância do nosso Hospital no panorama dos cuidados de saúde locais e regionais. Acredito que vá ao assunto em próxima oportunidade.
Quanto ao futuro, reafirmo, que o que nos interessa é manter um serviço de atendimento durante vinte e quatro horas, no Hospital D. Luíz I.
Quanto à sua designação, para mim, é o que menos importa.
Na minha opinião não é tecnicamente defensável a denominada “Unidade Básica de Urgência”, para o período das vinte e quatro horas.
Como alternativa, proponho para discussão e tomando por base, a 2.ª versão do protocolo proposto pelo Ministério da Saúde:
a)A partir do dia 01 de Outubro de 2007 entrará em funcionamento, na Unidade Hospitalar D. Luíz I, uma consulta aberta para dar
resposta (cont. pág. 22)
aos casos não programáveis e a todos que, em situação excepcional, possam ser oriundos da unidade polivalente de internamento, com apoio de médico, enfermeiros e administrativos, em regime de presença física, funcionando das 8h às 22h, nos dias úteis e das 8h às 20h nos fins-de-semana e feriados;
b)Estes horários são propostos pelos Directores dos Centros de Saúde e aprovados pela Administração Regional de Saúde do Norte;
c)Nesta consulta, serão prestados cuidados de saúde, a cargo de médicos (17?) pertencentes aos quadros de pessoal dos Centros de Saúde de Peso da Régua, Santa Marta e Mesão Frio ou a eles ligados por via contratual e que acompanham regularmente os utentes inscritos nas suas listas;
d)Nos dias úteis, o período compreendido entre as 22h e as 8h bem como o período existente entre as 20h e as 8h aos fins-de-semana e feriados, será assegurado por um médico, um enfermeiro e um administrativo em regime a definir conjuntamente pelas direcções dos Centros de Saúde, Centro Hospitalar e Sub Região de Saúde;
e)Estas instituições serão responsáveis por definir uma hierarquia de competências, coordenação e regulamento do serviço, protocolos clínicos de diagnóstico e ou terapêutico a utilizar. O modelo de observação do doente pertence a um normativo universal, comummente aceite e de prática obrigatória;
f)A partir de 01 de Outubro de 2007, o centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, E.P.E., passará a disponibilizar consultas das especialidades de medicina interna, cirurgia geral, obstetrícia/ginecologia, das 9h às 12:30h e das 14h às 18h, na Unidade Hospitalar D. Luíz I, com recurso aos médicos especialistas que integram as 4 unidades do Centro Hospitalar.
g)Durante o mês de Setembro, o INEM, IP, em colaboração com a Administração Regional de Saúde do Norte, IP, realizará reuniões de trabalho com a participação das corporações de bombeiros que accionam ambulâncias próprias ou do INEM, com vista a esclarecer e confirmar rotinas de intervenção e transporte em situação de emergência;
h)Por razões de reorganização de serviço tendentes à melhoria da prestação de cuidados de saúde, o chamado “serviço de urgência”, que tem funcionado no Hospital D. Luíz I, será descontinuado e substituído pelo dispositivo mencionado nas alíneas a) e d) do presente protocolo;
i)Sobre o funcionamento do Hospital, que o mesmo seja reorganizado tendo por base o descrito sobre o assunto no documento redigido em 28/02/2003 e designado como «Relatório Final da Comissão de Avaliação e Estudo de Viabilidade do Hospital D. Luíz I» bem assim como na «Comunicação Interna» N.º CI061CA/04 de 13/12/2004 emanada pelo Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes;
j)A autarquia compromete-se a divulgar estas informações à população salientando a importância de ser contactado o 112, sempre que ocorram situações de urgência;
k)Para cumprimento do presente Protocolo nos seus diversos domínios, será feita uma avaliação semestral entre a ARS Norte, IP e a Autarquia de Peso da Régua;
l)Se em resultado desta avaliação vier a verificar-se, no futuro, que as medidas previstas no mesmo se revelam insuficientes para garantir respostas adequadas, às situações de urgência e emergência, por falhas ou ausência de respostas dos actuais serviços, alterações significativas de indicadores demográficos ou outros, a ARS Norte, IP, disponibiliza-se para, em articulação com o Município de Peso da Régua e as Instituições e Saúde do Concelho, procurar respostas adequadas e consensualizadas, para as reais necessidades dos utentes.
Por
Eduardo Miranda, médico
Caro Dr. Artur S. Andrade
Lamento que tenha dirigido apenas ao Douro "o que nos entendeu dizer a todos". Embora ele mereça a distinção. È pena porque se poderia ter retorquido 'mais qualquer coisa' ao que com elevação nos disse.
Mas o texto que atrás 'reprinto' já nos ajuda a alrgar o leque que o Sr. confinou demasiado, a meu ver.
Até um dia
OUTSIDER
Caro "OUTSIDER", ainda bem que nos colocou aqui esta opinião. Uma opinião de alguém que sabe o que é a saude e, mais, que sabe o que é nosso hospital. Por isso mesmo não refere um unica vez a possibilidade de continuar a funcionar como está. O Drº Miranda sabe, melhor que ninguém, que, actualmente, quem nos atende naquele serviço é incompetente.
Por ele passam centenas de pessoas que foram atendidas de forma absurda no nosso hospital.
Já agora, Drº Soveral Andrade, considera o Drº Miranda, tenho a certeza que sim, um profissional exemplar e competente. Porque não lhe pergunta se pode ficar tranquilo depois de ir ao hospital, serviço de urgência, com os seus familiares?
Aposto, porque sei a resposta, que ele lhe vai dizer...NUNCA!!!
Exmo. Senhor José M. Alves
1) Eu também preferia ir ao Hospital quando lá encontrava “os clínicos gerais da nossa cidade”. Quanto a este ponto estamos plenamente de acordo. Quando deparava com um deles sentia um enorme alívio. Tenho saudades desse tempo. Mas, não tenho qualquer razão de queixa dos que se seguiram.
2) Estou certo que a manifestação não vai ser com pessoas “aos berros sem saberem o que reivindicam” e que “apenas querem a porta da urgência aberta, mesmo que ponham lá um carpinteiro”. Parece-me injusta e errada esta Sua apreciação. Aliás, acho de muito mau gosto terem aqui escrito a este propósito que se trata de um “autêntico corso de Carnaval”.
3) Classifica o “hospital de Vila Real” como “entupido”. Será que prevê o seu desentupimento com as medidas que estão anunciadas?
4) Lamento profundamente o que aconteceu com o Seu Filho.
Creia-me ao dispor para continuar esta conversa, ou qualquer outra, ao vivo ou por aqui.
Os meus cumprimentos,
Artur Andrade
Caro douro
1) Agradeço a simpatia de me dar conta do respeito que Lhe mereço e que é recíproco.
2) Penso que incorre num erro de análise quando refere que o “Sr. Álvaro Lima” conhece “a vergonha do serviço prestado no Hospital da Régua” e “a desgraça que por lá prolifera”. Esta minha convicção é fácil de explicar: o meu amigo Álvaro Lima pensa o mesmo que eu sobre esta matéria. Ambos queremos uma melhoria do serviço de urgência, mas preferimos a situação actual a uma fracção de uma ambulância, por mais especial que seja.
3) Sem dúvida que os meus conhecimentos sobre saúde são manifestamente insuficientes. Mas, parece-me evidente que é melhor encontrar o hospital aberto do que fechado.
4) Se entende que “a incompetência é gritante no actual serviço de urgência do nosso Hospital” parece-me que devia defender que o mesmo devia ser trabalhado de modo a poder prestar melhores serviços. Repare: quando um carro avaria vai para a oficina, não vai para a sucata.
5) Quanto ao ter-me confiado o Seu voto, oxalá até ao fim do mandato eu consiga ser merecedor dessa consideração. Farei por isso. Aproveito para o informar que Lhe ficaria grato se estivesse disponível para discutir comigo a minha actuação política, ao vivo e periodicamente. Eu gostaria de o poder esclarecer sobre as minhas posições e de ponderar as Suas críticas e sugestões.
6) Quanto aos outros autarcas não conheço as circunstâncias. Mas admito que uns tenham acertado e outros falhado. Também acredito que uns tenham agido a pensar nas populações e que outros tenham agido de modo egoístico. Porém, sei de um caso concreto em que o autarca está justificadamente arrependido e zangado. Segundo relato do próprio, o Governo não cumpriu nenhum dos pontos do protocolo. Admito que também existam situações inversas.
7) Sobre o Exmo. Senhor Dr. Eduardo Miranda estamos de acordo. Um Médico excelente e um perfeito conhecedor da problemática do Nosso Hospital. O facto dos Exmos. Senhores Drs. Eduardo Miranda e José Mesquita Montes fazerem parte da Comissão de Utentes foi decisivo para que eu tivesse aceite o convite para a integrar.
Um abraço,
Artur Andrade
Caro OUTSIDER
Fez muito bem em ter “reprintado” aquele texto. Foi uma opção feliz e útil.
Até um dia
Artur Andrade
O que será que vai fechar a seguir aqui na Régua?
É legítimo o poder central proceder a retaliações contra autarcas, desconsiderando os interesses dos administrados?
É admissível que a comissão política local de um dos partidos mais influentes da nossa terra esteja invisível neste momento?
Convém não esquecer,Dr.Andrade,que parte do entupimento do CHVRPR advém da facilidade com que se enviam pessoas em situações resolúveis na nossa urgência e que o eram antigamente.Quanto à injustiça da minha apreciação,repito-a,com todo o respeito pelos carpinteiros.Acredite que,neste capítulo,sei do que falo.
As medidas anunciadas poderão atenuar de algum modo o estado das coisas,mas não o resolverão,claro.
Mas assim,não.Acho que os Reguenses não devem estar tranquilos com o atendimento que hoje encontram na urgência.A pressão sobre o iluminado Correia de Campos deveria ser no sentido de melhorar (e nesta altura já não é cedo para tal) as funcionalidades de Vila Real,com aumento dos quadros de pessoal e,quem sabe,das instalações.O Hospital D.Luiz I pode continuar a receber os intervencionados e acamados que provêm de Vila Real,optimizar o excelente bloco operatório e manter consultas externas,aumentando o seu âmbito.
A consulta das 8 às 22 poderá obviar muitas situações consideradas de urgência,visto ser feita por médicos que não se "assustam" com "unhas encravadas,passe a expressão.
Assim,como está,não,muito obrigado.
Faltou-me dizer algo em relação ao que se "faz" na urgência que ainda temos:sei de alguns diagnósticos efectuados e terapêuticas instituídas aí que se reverteram noutras instâncias.É grave,muito grave.
Drº Soveral Andrade,
cada um segue com a sua opinião. O respeito é o mais importante. Não vou comentar nada mais sobre as pessoas que estão de um lado ou do outro. Posso ser demasiadamente cruel para um amigo seu e permita-me, meu.
A politica, as aspirações politicas, ás vezes, levam-nos a tomar posições popularistas. Não falo de si, acredite, mas do seu amigo que também é meu!
Continuo a defender, sem qualquer duvida, que a funcionar como está o melhor é fechar. Concordo, inteiramente, consigo quando diz que se podia alterar o modelo actual. Se fosse o caso, não duvide, estaria na rua a defender essa causa. Mas esta...por favor, não posso. Não acredito nela. É falsa como judas. É, exclusivamente, por culpa de quem nos governa(CM) uma politiquice barata. Uns acreditam, outros vão á boleia, outros são chamados, alguns, como o Doutor creem que é melhor para a Régua...eu acredito que merecemos melhor do que o que temos!!!
Um abraço.
Exma. Administração do Acontece Aqui
Escrevo para prestar informação sobre dois assuntos: as eleições no PSD da Régua e a posição da Assembleia Municipal sobre a problemática das urgências no Nosso Hospital.
Quanto ao PSD: Luís Filipe Menezes venceu com 95,77% dos votos.
Quanto às urgências: mantém-se a unanimidade, na exigência de um serviço de urgência básica e contra o encerramento do atendimento permanente. PSD, PS e CDU apresentaram uma moção conjunta onde reiteram tudo quanto constava da anterior moção sobre este assunto.
Com os melhores cumprimentos,
Artur Andrade
Uma informação complementar:
Luís Filipe Menezes venceu no distrito de Vila Real com 61,36% dos votos.
Perdeu em Boticas (por muitos votos) e em Chaves (por poucos votos). Ganhou em todos os outros concelhos do distrito.
A maior vitória, em termos percentuais, foi na Régua.
Artur Andrade
E já agora caro Dr. ASA, diga-nos quantos militantes votaram aqui na Régua.
Claro que sim. Foram 71.
Artur Andrade
Vai ser uma manifestação e pêras...
Unanimidades, vitoriosos e exigências do que já não têm há mais de oito anos, uns, pensando no que deixaram fugir há quase três - o Governo-, outros. Há três anos os segundos estavam-se marimbando para o sap da Régua e os primeiros, a maioria, queria era mudar a governação - nacional-, por isso ninguém pensava em cuidados de saúde.
Vamos lá compreender este povo, ou a parte que dele se manifesta.
O serviço de urgência básico que se reclama, é indispensável é para os políticos reguenses e para as políticas que definem e executam.
São tão débeis que deviam reclamar era um serviço de cuidados intensivos, só para eles.
Um serviço de atendimento permanente, bem dotado humana, com médicos verdadeiros de preferência, e materialmente, se possível prestando cuidados nas 24 horas, é o que as populações carecem e é aquilo porque os seus representantes deviam pugnar.
Agora só falta, que o Luís Felipe Menezes venha à manifestação.
Veja lá distinto Dr. ASA era mais um a juntar à unanimidade que só-olha para o umbigo dos autarcas reguenses. (Como sabe o menos distinto Dr. MM não se inclui nessa galeria de notáveis.)
O que para vós é um descanso e para ele um desprimor.
Parabéns cara anónimo que me antecede. O seu comentário demonstra, em pleno, o que passa na nossa cidade. Mais, demonstra, aquilo que todos deveriam ter defendido.
Amanhã vai ser inaugurada a Rotunda Baden Powel , a rodunta do bate estacas como é conhecida. Com todo o respeito pelo fundador do escutismo e também pelos escuteiros do nosso concelho, acho que seria mais lógico e justo, atribuir o nome de um reguense ilustre (mas que tenha feito algo pela terra),
à citada rodunda.
É complicado, mas nem os nossos homenageamos.
Uma excelente adesão da população na manifestação contra o encerramento do hospital.Para mim,e se considerarmos o facto de ser período de vindimas ,acho que foi fantástico.Que tenha valido a pena.
O presidente de Santa Marta, mudou de opinião...ou tinha vindima hoje.Vi-o na Casa do Douro, aquando da conferência de imprensa.Mesaõ Frio, tal como Santa Marta, vai receber as mesmas coisas e, o primeiro esteve presente na manifestação de hoje, o segundo...esqueceu-se, proibiram-no, ou, como tantos outros políticos, o "yes men" é que conta, não vá o tacho fugir.Lamentável.
SE EU ABRIR UM BURACO NA ESTRADA TENHO QUE O FECHAR E POR IGUAL A COMO ESTAVA ANTES...
ESTES PAROLOS ABREM A BURACADA E DEIXAM AS ESTRADAS NUMA MISERIA...
DESCULPEM-ME O PALAVRAO MAS...
SE AS ESTRADAS JA ANTES ERAM UMA MERDA ENTAO AGORA PIOR AINDA...
QUEM PAGA OS ESTRAGOS QUE TODOS TEMOS NOS CARROS PROVOCADOS PELAS VALETAS DELES???
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