22.12.08

UM INCÊNDIO- UMA MEMÓRIA

"Estabelecimentos charmosos, marcaram diferentes épocas, foram ponto de encontro e, muitas vezes, de partida para movimentos sociais, políticos, culturais. Pela porta de cafés como o Nicola, o Marare, o Martinho da Arcada, entre tantos outros, passaram algumas das mais emblemáticas figuras públicas."
Poderemos nesta citação, incluir a "Flor do Adro". Este "salão de chá" marcou a juventude de muitos de nós. Lá, tivemos exemplos dos mais velhos, muitos beberam a primeira cerveja , era o ponto de encontro , de reunião , onde se combinavam eventos , nos escondiamos para fumar um proibido cigarro. Discutíamos, bulhávamos até , aprendíamos coisas boas, outras nem por isso. Mas...marcou uma, duas , até mais gerações em simultãneo. Não sabemos se, tal como no "nicola", apareceu um Bocage , mas de certeza que muitas conversas, mesmo não tendo sido em verso, ficaram na memória de muitos, senão de todos.
Um incêndio destruíu aquele espaço. Temos saudades.Lamentamos, mas, daqui a muitos anos, ainda recordaremos os excelentes momentos lá vividos.Edifiquem lá o que quiserem, um prédio de 3, 4, ou 120 andares, ou nem façam nada como em outros acidentes do género, podem deixar ficar aquilo ao abandono, que já não nos importa (ou melhor, importa, mas não podemos fazer nada) mas, garantimos que sempre que por lá passarmos , vamos recordar aquele muro cheio de gente, de copo na mão, de sorriso nos lábios, onde se falava de tudo e de todos "numa boa",onde as miudas coravam só por ter de ali passar, mas passavam ,onde os de fora, íam a custo, porque aquilo era "só nosso".Podem fazer parecido, igual... jamais.

5 comentários:

Anónimo disse...

A "nossa" Flor estava, nos ultimos 10 anos, diferente. Mas quando lá passava recordava os grandes amigos que por ali tive. Uns já cá não estão. O Carlos, o Claudino, o Canetas. Mas essa recordação não morrerá. Ontem foi a vez de olhar e sentir o vazio. E doeu.

Douro

Anónimo disse...

É verdade, foram muitos e bons os momentos que se lá passaram, cultivaram-se muitas amizades, sem duvida o Café mais Emblemático da Regua e se calhar esta regiao.

Anónimo disse...

é UM DIA TRISTE PARA A MINHA GERAÇÃO, NÃO HAVERÁ OUTRO CAFÉ IGUAL, FICA AQUI UMA SINGELA HOMENAGEM AO GERMANO, QUE JÁ NÃO ESTÁ ENTRE NÓS, QUE SAUDADES FLOR DO ADRO

Anónimo disse...

Tantos e tantos AMIGOS ali fiz. Uns continuam outros nunca mais os vi. Mas foram anos inesqueciveis e que marcaram a minha juventude. O Tosé Montes, o Faustino, o Píui, o Gil Pantera, o Maninga, o Cájá, o João Sequeira, o Malange, o Motinha, O Nestinho, o Marzito, O Saraiva, o Marques, o Pedro Sequeira, o Jó Gouveia e tantos outros...
Que dias e noites ali passamos. Dias felizes noites fantásticas. Aquilo era nosso. O Paulo e o Américo eram, empregrados, nossos amigos. Nunca esquecerei esses momentos. Nunca repetirei essas alegrias e vivências. Outros, houve, que já morreram. O Teofilo, o Claudino, o Jorge(canetas) e o Carlos Costa são disso exemplo. Agora morreu a Flor do Adro. Fica para sempre a recordação de algo que não tem explicação.
Agora, como diz o administrador, façam o que quiserem daquelas cinzas. Está lá a história de muita gente. E gente boa.

Anónimo disse...

Tanto o artigo do administrador como os comentários aqui feitos retratam bem a nostalgia que sentiamos quando ali passavamos e a que vamos sentir agora que a "nossa" Flor do Adro se foi de vez.
Um abraço para o meu querido amido Arnaldo

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